20/11/2012

Série Contos de Fadas (10) Final


Cachinhos de Ouro e os Três Ursos



          Neste conto, ouvimos falar da linda Cachinhos de Ouro que encontra a casa dos 3 ursos. Ela entra, come a sua comida, se senta nas sua cadeira e, finalmente, dorme na cama do urso menor. Quando os ursos voltam para casa eles encontram-na dormindo. Ela acorda e escapa para fora pela janela aterrorizada.
Na versão original (1837), tem duas variações possíveis. Na primeira, os ursos encontram Cachinhos de Ouro e comem-na. Na segunda, Cachinhos de ouro é na realidade um demônio que salta para fora de uma janela quando os ursos a acordam . A história acaba dizendo que ela ou quebrou o pescoço ou foi morta tacada na fogueira. Mas também há a minha versão predileta: Aquela na qual os ursos a punem com vagabundagem e invasão domiciliar, obrigando-a a beber sopas fervendo em um gole só até a garganta sangrar e pondo-a para dormir em uma cama de pregos.


19/11/2012

Série Contos de Fadas (9)


          Ola´! Primeiro quero anunciar que o conto que eu postaria hoje é o da Bela e a Fera, mas esse conto não tem nada que se encaixa aqui na série. Na verdade não há nada macabro, então pulo para o próximo, que dedico à minha amiga Heloísa, que sempre me apoiou muito na criação do blog.



Rumpelstiltskin



        Para impressionar o Rei , com o objetivo de fazer o rei casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que sua filha é capaz de fiar palha e transformá-la em ouro. O iei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que ela transforme a palha em ouro até a manhã, durante três noites, ou será executada. Algumas versões dizem que, se ela falhasse, seria empalhada e depois cortada em pedaços como um porco, enquanto outras não são tão gráficas e dizem que a moça ficaria fechada na torre para sempre. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz.
          O rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para cobrar o seu pagamento: "Agora dá-me o que me prometeste". A rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência,mas cria outra: se a rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias, ele não tomava o seu filho. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende pulando à volta de uma fogueira e  cantando.    Existem muitas variações da canção, mas a mais conhecida é:

Hoje eu frito, amanhã eu cozinho!
Depois de amanhã será meu o filho da rainha!
Coisa boa é ninguém saber
Que meu nome é Rumpelstiltskin!
         
       Quando o duende foi ver a rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e este perde o seu negócio. Na edição de 1812 dos Contos dos Irmãos Grimm, depois disto, Rumpelstiltskin foge zangado e nunca mais regressa. O final foi revisto numa edição de 1857 para uma versão mais macabra onde Rumpelstiltskin, cego de raiva, se divide em dois (Prendendo seu pé esquerdo no chão e puxando o direito para cima até se partir ao meio). Na versão original dos Irmãos Grimm, o duende voa da janela numa panela.

17/11/2012

Série Contos de Fadas (8)




Os Três Porquinhos

          

            O conto dos Três Porquinhos foi muito amenizado para as crianças de hoje, ao contar uma história cheia de violência sem mostrar violência. Terminamos com um conto muito simplório que mostra “como é bom ser esperto”.

          A história original perdeu muito. O conto original não é mais longo, já que o lobo mau não perde tanto tempo assoprando casas. Ele faz isso para pegar os dois primeiros porquinhos. Aqueles coitados são logo pêgos e devorados. O terceiro porquinho — o mais esperto de todos — é o entrave. Sem conseguir assoprar a casa de tijolos, o lobo tenta blefar. Ele faz de tudo para trazer o porco para fora de casa: promete nabos, maçãs e uma visita à feira. O porco recusa a tentação, sabendo que há coisas mais importantes.
          O lobo decide então voltar à violência. Ele escala a casa e entra pela chaminé. Porém, o porquinho tinha planejado isso, e colocou um caldeirão de água fervendo na lareira. O lobo cai ali dentro e morre. Ele — e os dois outros porquinhos em seu estômago — são agora o sinistro jantar do terceiro porco.


14/11/2012

Série Contos de Fadas (7)


A pequena sereia 

          A grande diferença nesse conto está em seu final. Ao invés de se casar com o príncipe e viver feliz para sempre, a pequena sereia na verdade é abandonada por ele logo após ela beber a poção mágica que lhe transforma em mulher. Mas, como tudo tem seu preço, a poção tem um pequeno efeito colateral: durante o resto de sua vida a pequena ex-sereia iria sentir uma dor tremenda nos pés, como se eles estivesse pisando constantemente em facas. Vendo a traição, alguém (juro que não consegui descobrir quem) oferece um punhal para que ela tenha sua vingança. Mas, ao invés disso, ela pula no mar e "morre" se dissolvendo em espuma. Bom, comparado à chapeuzinho vermelho, essa é até bem tranquila.

13/11/2012

Série Contos de Fadas (6)


O Flautista de Hamelin


          Nessa historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livrá-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento. Até aqui tudo bonito, mensagem positiva e uma moral no fim da historia. Mas o conto original não é bem assim. Nele, o encantador não devolve as crianças depois de receber o pagamento da relutante cidade. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura. 


12/11/2012

Série Contos de Fadas (5)


Chapeuzinho Vermelho 



          A história atual todos nós conhecemos: chapeuzinho vermelho, lobo mau, vovozinha e lenhador... Não preciso explicar, certo!? Mas, na história original, o lenhador não existe e na verdade a chapeuzinho e sua vovó são devoradas e pronto. Parou por ai, nada de final feliz aqui. 



          Em outra versão ainda mais antiga, a chapeuzinho faz um strip-tease pro lobo (que as vezes era representado por um lobisomem ou um ogro) para assim poder fugir enquanto ele está "distraído". Existe ainda uma versão mais bizarra  da história, onde o lobo estripa a vovó e obriga a chapeuzinho a jantá-la com ele. A chapeuzinho, que não é besta, diz que precisa ir ao banheiro (que naquela época ficava do lado de fora das casas) e fugia. Percebam que, em todas as versões que citei, o lobo sempre se dá bem no final, de uma forma ou de outra. 


10/11/2012

Série Contos de Fadas (4)



João e Maria 

          Essa por si só já é assustadora, afinal, um pai que larga os filhos na floresta para morrer de fome não é lá o tipo de coisa que se lê para crianças, certo!? Mas, numa versão mais antiga, a madrasta má, que pressiona o marido a largar seus filhos na floresta e a bruxa má são a mesma pessoa. Achei isso bem esquisito, mas as duas personagens têm personalidade bem similar. Outra alteração feita durante os anos foi com relação à própria bruxa que, em certa versão da história, na verdade é um casal de demônios, e ao invés de cozinhar João, eles querem estripá-lo num cavalete de madeira. 


          Quando o demônio "macho" sai para uma caminhada, a "demônia" manda Maria ajudar João a subir no cavalete. Assim, quando seu marido voltar, tudo já estaria preparado. A esperta Maria finge não saber como colocar João deitado e pede para a "demônia" mostrar como se faz. Quando ela deita no cavalete, João e Maria a amarram e rapidamente cortam sua garganta. Depois fogem levando o dinheiro e a carroça do pobre casal de demônios. 




09/11/2012

Série Contos de Fadas (3)


Cinderela 


          Esse é um dos contos de fadas mais antigos já registrados, e com a maior quantidade de variações também (+ou-700). Algumas versões envolvendo um peixe gigante no lugar da fada madrinha datam de 850AD! Em outras histórias a fada madrinha é na verdade uma árvore que nasce sobre o túmulo da mãe da Cinderela. 


          Uma das modificações mais brutais ocorre no momento em que as irmãs malvadas tentam calçar os sapatos de cristal para enganar o príncipe. Numa versão bem bizarra da história, uma delas CORTA fora seus dedos do pé para vestir o sapatinho e assim enganar o príncipe. Mas ela é desmascarada pelos pássaros amigos da Cinderela, que mostram ao príncipe o sangue escorrendo pelos sapatinhos e, depois, como vingança, arrancam os olhos das duas irmãs, que terminam suas vidas cegas e mancas. 



          Há ainda uma outra versão (na verdade, ela é tão diferente que alguns nem a consideram como uma versão e sim um tipo de CINDERELLA ORIGINS) onde a cinderela era filha de um rei viúvo (algumas vezes a própria Cinderela foi quem matou a mãe) que jurou nunca mais se casar, a não ser que encontre uma mulher tão bela quanto a falecida esposa, que tivesse os cabelos cor de ouro, e que conseguisse calçar os mesmos sapatos da finada. Acaba que sua filha (Cinderela) preenche todos os requisitos, e como 2 e 2 são 4, nada mais lógico do que ele se casar com a própria filha. 



          Ela, por sua vez, na tentativa de fugir do casamento com seu próprio pai velho, barrigudo e incestuoso, foge pelo mar num armário de madeira, e no final ela consegue fugir, mas acaba do outro lado do mundo trabalhando como escrava na casa das irmãs malvadas, e daí pra frente começa a historia que vocês conhecem. 






07/11/2012

Série Contos de Fadas (2)


A Bela Adormecida 

            Essa sim tem um passado bizarro. Nas primeiras versões, ao invés de espetar o dedo numa agulha e cair desacordada, a bela adormecida tinha uma "farpa" encravada debaixo da unha. Parece uma mudança pequena, mas ela nos leva ao ponto que realmente importa. Nessa mesma versão, o príncipe não é tão encantado assim, e resolve, digamos... se satisfazer na bela ainda adormecida. Depois de satisfeito, ele simplesmente vai embora (o Budd do Kill Bill não foi tão inteligente e acabou morto). Nove meses depois, a adormecida dá luz a gêmeos que, em busca de leite acabam acidentalmente chupando o dedo dela, retirando assim a farpa amaldiçoada. 


           E a coisa não para por ai, o príncipe que a engravidou (estuprou) continuou voltando (se é que vocês me entendem) durante os nove meses. Quando ele chegou lá e encontrou a bela, já não mais adormecida e com duas crianças, ele decidiu se casar com ela (pelo menos isso, né?), mas ele não poderia levá-la ao seu castelo, pois sua mãe era uma OGRA! (o feminino de ogro é ogra?) que tinha o hábito de comer qualquer criança que aparecesse em seu caminho. 



         Por isso ele esperou alguns anos até que seu pai morresse e ele virasse rei para aí então poder levar sua mulher para seu reino. E assim aconteceu, mas na primeira viagem que ele fez, sua mãe ogra resolveu fazer o que todo ogro tem que fazer: comer seus dois netos, e não satisfeita, também sua nora. Mas, com a ajuda do cozinheiro a bela acordada conseguiu se esconder até o retorno de seu marido (rei “half-ogro”), que quando ficou sabendo dos planos de sua mãe (ogra) mandou mata-la. Bonito né!? 



        Em outras versões, o príncipe na verdade já era rei, e a mãe ogra era a esposa do rei, o resto é bem parecido. A esposa ciumenta quer, como vingança, comer (no sentido alimentício) os dois filhos bastardos do rei, mas acaba sendo descoberta e é queimada viva numa fogueira. Moral da história, se você encontrar uma mulher desmaiada num bosque, se divirta e não volte nunca mais; ou, se você for uma ogra, não tente comer seus netos; ou ainda, se vocês for uma mulher adormecida no meio do bosque, use cinto de castidade, ou ainda, não espete seu dedo numa agulha amaldiçoada! 



            Eu podia ficar nisso o resto da semana... 


06/11/2012

Série Contos de Fadas (1)

          Olá!! Vem aí mais uma série de contos, mas esses podem destruir sua infância. São verdades e algo mais sobre os mais famosos contos de fadas!! O primeiro é o da:



Branca de Neve 


          Na história original da Branca de Neve, a "madrasta malvada" (que em algumas versões não é madrasta e sim sua mãe original) não cai de um penhasco como é mostrado no final do filme da Disney. Ela na verdade é forçada a vestir sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta. Outra bizarrice nessa história é a idade da branca de neve. Na versão dos Irmãos Grimm ela tem apenas sete anos, ou seja, príncipes pedófilos eram normais naquela época. E ao invés de dar um "beijo de amor", o principie carrega o CORPO MORTO (ou adormecido, se vocês quiserem) da branca de neve para seu palácio, para que assim ela estivesse sempre com ele (isso pode ser considerado um tipo de necrofilia?). Depois de algum tempo, um de seus servos, cansado de ter que carregar um caixão de um lado pro outro, resolve descontar suas frustrações dando uma baita SURRA na branca de neve. Um dos golpes desferidos no estômago faz com que ela vomitasse a maçã envenenada e assim voltasse à vida. 
        Mas de todas as mudanças feitas através dos anos, a mais sangrenta foi em relação ao coração da Branca de Neve. Nas histórias mais antigas a rainha não pedia ao caçador para trazer só ele. Ela queria também outros órgãos principais como pulmão, fígado etc... fora isso ela também queria um jarro com seu sangue (acho que o caçador precisou mais que um cervo pra resolver isso). Vocês devem estar perguntando: "pra que tudo isso?". Simples, ela queria JANTAR a branca de neve! Bizarro não!? 



          Até a próxima!!!

04/11/2012

Escada


          Na minha opinião, esse é um dos contos mais legais. Não se esqueça de fechar a porta do quarto e apagar a luz.



           Em 1984, viveu sozinha uma velha viúva em uma casa histórica. Ela estava completamente imóvel e presa a sua cadeira de rodas. Desde a misteriosa morte de seu marido, ela exigiu os cuidados de uma enfermeira que a visitaria diariamente para ajudá-la com suas tarefas diárias. O que tornava as coisas mais complicadas é que os dois andares da casa eram apenas conectados por uma escadaria interna. Quando a senhora precisava ir para o segundo ou para o primeiro andar, a enfermeira tinha que carregar seu frágil corpo como um bebê, para cima e para baixo. Um dia a polícia recebeu uma ligação da viúva. Havia acontecido um assassinato.

           Sendo que naquela época as unidades de polícia eram poucas naquela época, e sendo que o assassino já tinha fugido do local, apenas um detetive tinha sido mandando para conduzir o relatório inicial do crime. Ele chegou e encontrou o corpo da enfermeira espalhado pelo chão com suas cordas vocais arrancadas para fora em uma piscina de sangue no primeiro andar da casa, com a senhora no topo da escada de cadeiras de rodas olhando para ele, ainda em silêncio, aparentemente em choque. Ele pode imediatamente descartá-la dos suspeitos, por conta de suas inabilidades para se deslocar pela escada, e por conta que ela estava presa lá em cima o tempo todo durante o assassinato. Era parecido com a morte de muitos anos atrás, do marido da velha senhora, que tinha sufocado em seu sono no sofá do andar de baixo.

           O detetive colocou suas luvas, tirou fotos, procurou evidências, e cobriu o corpo até que o médico legista chegasse mais tarde - coisas de rotina. Ele vasculhou o andar de baixo da casa procurando algumas pistas, e perguntou para a senhora se ele podia olhar o andar de cima. Ela insistiu que estava no andar de cima o tempo todo e ninguém havia estado lá durante o dia inteiro a não ser ela, mas mesmo assim disso o detetive subiu as escadas nas quais a senhora  se negava a sair da frente.

           Além da escada, havia um corredor estreito, com três portas fechadas ao longo dela. Ele verificou por trás de cada uma das portas: no quarto vazio não havia nada, e nem no banheiro. Ele tornou-se ansioso enquanto lentamente fez seu caminho para o quarto final, onde a velha senhora dormia. Abriu-a e tudo parecia normal. Uma cama, um armário e uma mesa de cabeceira com uma lâmpada. Ele verificou todas as paredes da sala em horror, e não era o que ele tinha descoberto que o tinha deixado em pânico, mas  sim o que ele não descobriu, que o fez parar imóvel e pegar lentamente a arma no cós da calça. Foi um detalhe tão pequeno que tinha esquecido completamente na última investigação da morte do marido. Não havia nenhum telefone no andar de cima. De repente, ele ouviu um barulho que o fez  retirar a arma e sair correndo do quarto, apenas para encontrar uma cadeira de rodas vazia no topo das escadas.


Fonte: http://creepypastabrazil.blogspot.com.br